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domingo, 12 de abril de 2009

Para seguir meu rumo

Agora, que é hora de pensar
que aquela calçada estava mesmo em meu caminho,
pois desses tropeços inesperados,
a gente bem que sente um ar de aconchego
quando um abraço permanece pelas horas
com o travesseiro ouvindo os segredos
que ainda não foram revelados.
Agora, sobre os sapatos esquecidos,
foi quando olhei para o chão em fuga do teu olhar,
descobri que o seu vestido estampado
revelava mais que suas sandálias havaianas,
um instante em desconcerto,
mas aquela esquina bem podia esconder minha vergonha
e eu queria fugir e ficar.
Agora, que qualquer bilhete de acaso
quer mesmo é dizer que ainda estou aqui,
que eu não saio mais por aí a procura de nada,
pois sempre encontro alguma coisa, um alguém que me encontre
e até um cão vira-latas para seguir meu rumo
de moleque perdido que não sabe onde quer ir.

2 comentários:

Quintal de Om disse...

Me dê a mão?!... (quando quiser)

Eu também não sei pra onde ir.

O mar me encanta completamente... disse...

Não vá mesmo a lugar algum,querido.
Fique bem aqui,para que tenhamos o prazer sem medida de ler e constatar o poeta sensível e competente que você se revela acada texto.
Te ler, Márcio é como um generoso e aconchegante abraço.
Meu carinho, sempre...

Glória

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