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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Feliz ano velho!

Com o ano que vai
ficam as relíquias que guardo
com esmero
e o que caiu em desuso
para me fazer lembrar
que sempre me renovo
das teimosias convictas.

Com o ano que vem
espero tesouros ainda por lapidar
para eu fazer uso
de construir um caráter novo
e não esquecer que eu sou
um fio de ontem ensimesmado
para alcançar, pelo viés da vida,
meu hoje e meu sempre...

Para quem é um vaga lume
piscando sozinho
no meio do povo:

feliz ano novo!

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Sobre a rede

Estica-a como varal
na estética do dia.

Estica-a como horizonte
teso sobre a ponte

de dormir realidades
e acordar os sonhos.



domingo, 9 de dezembro de 2012

Absinto

Na janela do destino
há uma rua sem tamanho – meu bem.
Aonde espero que a promessa me chegue
como derradeira instância.

Cumpro com o tempo
meus compromissos,
deito na calçada minha alma lavada
das sobras do dia – calos e brios.

Na janela, sem menino,
o vento dobra a esquina,
escolhe em estranhos
o apreço inesperado de receber saudação.

A saudade é um horizonte
espremido na fresta de um olhar
onde guarda, cedo, fotografias
em tons de amarelo.

Na janela, o absinto
la de fora invade o peito
cheio de clausura para despertar
invernos para o amanhã.

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