Tenho dentro de mim
um grito -
o alívio dos inocentes,
evaporado com as folhas
ainda mortas no chão.
Recolho os olhares
que esquecem
de me dizer adeus:
eles levam a descoberta
de um vento colorido.
E a boca muda,
a rua limpa, meu riso
das coisas,
também ficaram para trás
e eram invisíveis.
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
domingo, 8 de janeiro de 2012
Ao dia
Pela janela do agora
eis o candeeiro aceso iluminando
o horizonte e o nada.
Pela janela escapa a fragrância,
a tampa esquecida, a vida estampada,
a ânsia de escapulir
aos olhos dos homens
e fazer viagem aos ventos...
Nessas frestas o que interessa
é o caos, o amor súbito...
Interessa interestelar
abrigo - escombros
de uma paisagem morta.
A serpente precede o rastejo
que recomenda Deus
em suas presas
para aliviar sua falta de fé,
de proteção.
Pela janela os dias acabam
e são portas trancadas,
um vacuo de existir
ao ermo de caminhar.
eis o candeeiro aceso iluminando
o horizonte e o nada.
Pela janela escapa a fragrância,
a tampa esquecida, a vida estampada,
a ânsia de escapulir
aos olhos dos homens
e fazer viagem aos ventos...
Nessas frestas o que interessa
é o caos, o amor súbito...
Interessa interestelar
abrigo - escombros
de uma paisagem morta.
A serpente precede o rastejo
que recomenda Deus
em suas presas
para aliviar sua falta de fé,
de proteção.
Pela janela os dias acabam
e são portas trancadas,
um vacuo de existir
ao ermo de caminhar.
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
Farol
Busco, junto aos grilos,
o insignificante
motivo de me fazer ouvir,
ante as pedras,
o regresso para o caminho
abundante
onde agora sou trilha
para a vastidão...
o insignificante
motivo de me fazer ouvir,
ante as pedras,
o regresso para o caminho
abundante
onde agora sou trilha
para a vastidão...
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
Café da manhã
Nenhum homém é livre.
Prende-o essas âncoras
de ontem e de hoje,
o cipó e o bonde.
Nenhum homem é livre.
Prende-o os esboços
inofensivos - os preâmbulos
escondidos nos caminhos
de não se sabe onde.
Nenhum homem é livre.
Antes as amarras do olvido,
as tristes marcas
de um entardecer.
Nenhum homem é livre.
O amor, a rosa, o espinho,
lavoro antes do ninho
são nós que o mantém alerta
pelos badalos de um sino.
Prende-o essas âncoras
de ontem e de hoje,
o cipó e o bonde.
Nenhum homem é livre.
Prende-o os esboços
inofensivos - os preâmbulos
escondidos nos caminhos
de não se sabe onde.
Nenhum homem é livre.
Antes as amarras do olvido,
as tristes marcas
de um entardecer.
Nenhum homem é livre.
O amor, a rosa, o espinho,
lavoro antes do ninho
são nós que o mantém alerta
pelos badalos de um sino.
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
Estampa para fora
Tchau é um adeus
sem premeditação de saudade,
a fina estampa que lustra
a face dos bons.
Antes, deixados ao léu,
os brados que o vento esqueceu,
a chuva que orvalhou
de memórias,
a inocência...
Se o emblema do instante
oferece áureas
para amanhã,
são vernizes os risos encontrados
e luas prateadas
que banham
de agora
essas coisas de ontem.
sem premeditação de saudade,
a fina estampa que lustra
a face dos bons.
Antes, deixados ao léu,
os brados que o vento esqueceu,
a chuva que orvalhou
de memórias,
a inocência...
Se o emblema do instante
oferece áureas
para amanhã,
são vernizes os risos encontrados
e luas prateadas
que banham
de agora
essas coisas de ontem.
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