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segunda-feira, 25 de maio de 2015

A casa

Retorno ao principio
de tua sala
para aprender os descaminhos
que não pude evitar.

Retorno à xícara,
eu, ébano quente,
evaporando delinquente,
minha sina de café
a espalhar por sobre a mesa,
os dissabores
ao encontro de sair pela rua afora.

Retorno como embrião
infecundo
ao estado de pássaro
que ainda não
cerceou pelas beiradas
do ninho,
e espera, ávido,
pela proeza de um bico frágil

me trazendo o untado pão
que descubro nesse
forno quente que se reverbera
pela casa.

Retorno ao ventre livre
de suas paredes
e me descubro livre
dessas redes
emaranhadas para além
desse quintal.

Pássaros azuis

Não foi num céu de Istambul
que devastei meus olhos curtos
e trouxe, à planície, uma aragem...
Senão essa imensidão azul
que me rouba a paisagem
em botão de flor de pássaro.

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