Não tem meia
nem bola,
somente sacola
onde levo o pão
e a sola
gasta desse chão
que me leva
ao trabalho.
Não tem
o borralho
do fogão,
apenas candeeiro
aceso,
xícara exalando
o cheiro
ainda quente
de café.
Não tem o peso
da roupa,
unicamente
o varal teso
esticando
o horizonte
de um pássaro
tranquilo.
Aqui não
há cabide
de peça triste,
vide a vitrine
que esconde
o olhar
de vidro
de um manequim...
Aqui não
há o gole seco
num copo
de botequim,
não há
a esmola
da tarde
que arde
a fome
num farol...
Aqui há
um arrebol
de poesia
na pisada
titubeante
de uma criança
que ruma sem rima
para
a palavra e a fé
na prece
de um verso.
quarta-feira, 27 de junho de 2012
terça-feira, 12 de junho de 2012
E é namoro...
Vejo em cada sala
essa escada que se cala,
independente, absurda,
por me fazer seguir
com dente,
sorriso largo,
nessa voz surda
sem esse amargo
de deixar pra trás
o que eu quis.
Pois agora é ser assim
como lá fora
o sol querendo
em mim
esse segredo
e é namoro,
acordo cedo
e não me rendo
porque moro mesmo
é nesse olhar
da gente ser feliz.
essa escada que se cala,
independente, absurda,
por me fazer seguir
com dente,
sorriso largo,
nessa voz surda
sem esse amargo
de deixar pra trás
o que eu quis.
Pois agora é ser assim
como lá fora
o sol querendo
em mim
esse segredo
e é namoro,
acordo cedo
e não me rendo
porque moro mesmo
é nesse olhar
da gente ser feliz.
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