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terça-feira, 24 de junho de 2008

Pelas Mãos

Pelas mãos
eu conheço,
ergo-me do tropeço
e esqueço.

Construo
e flutuo
em nuvens
de sonhos possíveis,
cabíveis, alcançáveis.

Pelas mãos
que tocam
reconheço
um toque
que me toca.

Que se converte
em carícia.
que traduz
uma delícia.

Pelas mãos
que me guiam
pelo escuro,
eu procuro...

Encontro o encanto
escondido num canto.
Sem segredo, nem espanto
a espera de acalanto.


Pelas mãos
que produzem,
o mundo transforma,
renasce e forma.


Modela e explora,
desenha o agora
e descreve a aurora
como um sorriso de senhora.

Pelas mãos
eu sou e faço.
Sou homem e palhaço.
E em seu cabelo faço um laço.

Pelas mãos
cresço,
desenvolvo
e apareço.
E limpo as lágrimas quando me entristeço.

Pelas mãos
conduzo a dança.
Vou ao futuro
e volto a ser criança.

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