Atentando-me em hipnotismos, puxa, pássaros livres
Desses que fogem das gavetas dos armários
E que se fiam por caminhos distantes, donde a estante
Somente é morada dos infelizes, pois que já se foram
Em passeios de olhares, pois que somente alguns
Servem para ornar algumas vaidades...
Então, hora e mais hora, como plumas esvoaçantes,
Fogem aos olhos mais atentos da imaginação,
O rascunho de poeta que o diga, em outro tempo,
Quase um meteorito se desfragmentando
Pelas arestas do infinito, buscando horizontes alados,
Cavalos cansados que criaram algumas raízes,
Que fincaram os pés na estrada, para não dizer cascos,
E voaram por poeiras e asfalto de nuvens.
É preciso ter fé, é preciso deixar voar.
Como quem não quer se levantar para beber água
Quando acorda de madrugada, algum instante será preciso.
Pois sim, é preciso deixar que os passarinhos façam ninho
Em teus telhados. Eles voltarão, ah voltarão,
Pois não os afugentastes com descrenças
E a verdade continua se desprendendo das asas da liberdade
E vindo cair nos olhos que somente buscam inteireza,
Mesmo que os pedaços se espalhem pelo correr das horas.
GRANDES FAVELAS - meu novo romance
Há 6 dias
5 comentários:
Sim!
É preciso ter fé, é preciso deixar voar!
Permitir-se!
Belas palavras, querido!
Um beijo em seu coração!
A decepção, a expectativa grande gerando a frustração como primeiro rebento. Mas os pássaros, os sonhos voltarão. Ah, voltarão. Sim, mais fortes. O voo alcançará novas montanhas.
Um abraço.
Queria. Queria sim. Queria estar pluma , só hoje.
...
"É preciso ter fé, é preciso deixar voar."
E que graça teria sem isso?
Lindo!
Bjs!
Oi Márcio,
Sabe que música esse seu post me lembrou Black Bird dos Beatles.
O importante é não engaiolar, e deixar voar.....pq com certeza ele sabe o caminho de volta!!!!E sabe reconhecer sua casa, sua morada!
Lindo, lindo mesmo!!!
bjinhos
Postar um comentário