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domingo, 5 de abril de 2009

Como dizer que ainda estou aqui...

A tua voz já calou... Agora é dançar ciranda
pelo teto – nuvens desmanchando, caindo, caindo
pingos d`água visitando os olhos pela janela
em risquinhos miúdos, chuá, chuá.
Gente banida e a sala vazia
fazendo buzina lá fora na avenida
e um apelo com sua cor de gelo
transparecendo aquela verdade,
um sabor menta que nem mais o menino agüenta
sem pedir mais, mais. – Mãe, dá-me seus sinais!
Fumaça começando a arder pela vida parca, escassa
e tão febril essa necessidade esperança
de começo de abril quando ainda há arruaça
de menino feliz, pelo olhar espichado,
da moleca que ficou a rir com sua dança
de bailarina feliz.
Hoje, por um triz, eu não deixei escapar
que ainda estou aqui: um gole de vento com sabor de chuva.

5 comentários:

Sueli Maia (Mai) disse...

Assim, tomando um gole de vento de uma poesia.
Deixa eu te dizer que estou super feliz que voltaste a te inspirar lá no 'inspirar' e voltaste a escrever teus poemetos por lá...

Eu gosto tanto quando te soltas e teces tuas palavras...

Gosto mesmo.Então dançar ciranda e vamos todos cirandar.

Beijos, querido.

Fica bem
Carinho,

Mai

Dauri Batisti disse...

Por um triz não deixar escapar. Que bom. Um gole de vento, uma insignificância salvando o dia.

Um abraço.

SILVANA PEDRINI disse...

Não deixe escapar, nem por um triz cada sensação maravilhosa que esta poesia nos leva a sentir.

Abraços
Silvana

te espero no blog, ficarei feliz com sua visita

Quintal de Om disse...

Como?
Não diga.

Deixe com que os teus olhos ocupem o lugar de todas as palavras.

Há sempre alguém capaz de compreendê-los.

Beijos em tua alma.

Muito, muito, muito carinho...

Erica de Paula disse...

Que lindo poema!

E notável e admirável a tua sensiblidade!

Bjos!

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