O silêncio me é um chão
onde brinco meus arranhões,
onde empino meus sonhos
e alço vôo pelas asas das minhas canções de vento.
Da poeira deitada, faço cama,
e misturo meu pijama com coisas antigas
que ficaram num encardido
desses imensos que não consegui desbotar
pelo esquecimento.
Ah, esses meus silêncios gritam em mim!
Gritam e se espalham em eco
jogando xaveco nessas palavras mudas
que vestem, de vez em quando,
uma bermuda de liberdade.
GRANDES FAVELAS - meu novo romance
Há 6 dias
6 comentários:
rs...sabe o que me veio a cabeça?
Você voando, voando como uma pipa ao céu (de cor laranja)... e sorrindo, apesar do silêncio!
Me fez sorrir também um sorriso gostoso e quente de se sentir.
Bom né?
Beijo querido
Teu silencio veio com a diversificação de uma
incrível e bárbara sonoridade.
Beijinho
Glória
Lindo!
Quando se está em paz o silêncio é bálsamo, é amigo, é abrigo.
Silêncio alimenta a alma.
beijo grande
Poeira cósmica fomos e talvez voltemos a ser. Poeira deitada de pijamas foi bem interessante pensar e, estou certa de que nenhum outro pensaria nesta imagem. Tu és incomum, sbes disto. Quem mais pensaria em deitar poeira, Márcio? É por isto que eu digo que tu és um
menino-vagalume que aprendeu a 'poemar'.
Muito carinho,
Não demora a aparecer no meu coração.
Fica bem e 'levanta e sacode a poeira', tá?
Cada um com seus silêncios, silêncios que não calam.
Felizes os que podem expressar silêncios em palavras. Palavras que falam para quem ler e dizem que outros também tem silêncios que não cabem dentro do peito.
beijo
Lindo poema, simplesmente ótimo.
Abraços, Juliana
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