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domingo, 17 de maio de 2009

Uso X Excluso

A palha se espalha pamonha afora,
mungunzá de milho, doce fubá amolecido.
A palha se abre, telhado de oca,
a boca pitando um cigarro empalhado.
A palha entre tralhas é arte,
as mãos toscas entre vãos
trabalhando os fiapos destrinchados
entrecruzando os fios em tecido.
A palha tece um fim:
é o que foi feito de não abandono.

4 comentários:

Quintal de Om disse...

Conseguiu me deixar foi com água na boca!

Abraços, flores e estrelas...

Sueli Maia (Mai) disse...

Ah! Seu maluquinho... Você me deixou com um sorriso largo de alegria de sentir de novo teu chão aqui em teus versos. Olha, te dizer que eu nasci em meio aos festejos juninos em véspera de são pedro e, amo de paixão, toda culinária regional com base no milho.

Te senti um artesão de palavras.
Belíssimo, Márcio. Estou saindo mais feliz.
Adorei, muito, muito.
Carinho, Mai

O mar me encanta completamente... disse...

Uma delicia de poesia,
escrita com muita arte.
Estou deliciando-me,
em sua inspiração.
Parabéns, poeta!

Beijinho

Vivian disse...

...assim como os artesões
tecem maravilhas com fios
da palha,
você tece palavras que nos
encantam o sentir.

você é sim um lindooooo!

bjs, querido artesão das letras!

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