Meu corpo é hélice de sopros distantes,
aqui, nesse dilúvio de antes, meus pés navegantes
boiaram uma espera que não chega.
Meu sonho de suflê
desmanchando minha procura, nuvem cinza desintegrada...
Agora é rubra minha verdade de saciar, um gole seco.
Ah, me cura! Cura-me dessa loucura!
Brusca e inesperada!
Meu menino acuado - meu pequeno construtor -
leve para tuas mãos esses calos confeitados
de tanta vida em desmesura.
Ah, que eu esqueço, por um instante,
a dicotomia impregnada de me ser eu rude,
de me ser açude em tempos de deserto.
GRANDES FAVELAS - meu novo romance
Há 6 dias
3 comentários:
Há nesse sorriso diário, por vezes apagado, um menino que guarda sonhos e que com suas mãos disfarçadas em luvas de mãos de homem, talvez calejadas pelo tempo, pelo trabalho, pelas dores... ainda assim, guarda na palma das mãos a cura, qualquer que seja a cura, de qualquer procura. Guarda a busca e sabe , no fundo sabe o caminho da estrada de tijolos amarelos.
Ele sabe! Pergunte-o!
Você reencontraá os sorrios logo alí! Vá sem medo, meu querido!
(Saudades de ti e desse seu sorriso que existe SIM, mto além dos teus lábios e que mora no brilho, mesmo cansado, do teu olhar)
Carinho,
Sam
Ah, mas que coisa boa, gostosa, que palavras encantadoras!!
Adoro seus poemas!
Bjos, ótimo fim de semana!
Nossa! É uma escrita forte, cheia de sentimento. Parece que vem rasgando a carne, tirando das entranhas as palavras, pintando com sangue os versos.
Pelo menos me rasga quando leio, me revira pelo avesso.
abraços
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