As duas sortes que encontrei
transgridem agora a regra
que criou o mundo...
Eu era um elefante
que carregava meu próprio peso,
o silêncio que fabrico
é uma questão de sobriedade.
O branco que vejo na rua,
o olho ébrio da noite,
causam espanto aos acordados...
Súplicas, súplicas - Eu não era ateu,
a fé que me guarda está
estigmatizada na cicatriz
das minhas mãos - são relevos,
trabalho, o ócio não me consome.
Eu tenho fome de de tudo,
tenho fome do mundo, tenho,
absoluto, certeza que visto
uma roupa que não é minha...
2 comentários:
Um poema nú pode valer mais. O nu pode significar destituído de arrogâncias e verdades. Então tudo fica mais bonito.
A ativida blogueira aqui é permanente, que bom.
Um abraço.
Se desnudar do que não nos pertence, pode parecer fácil, mas não é.
E o poema nos ajuda a nos desnudar, a ver roupas que nos sufoca o ser e o viver.
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