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terça-feira, 28 de abril de 2009

Cume

Colher abrigo entre quem mais precisa:
um abraço quase frouxo
pelo cisma de machucar,
quase apertado pela certeza
de aquecer.
Pelas escadas, rumo certo,
onde os degraus levam ao cume,
ali, póstuma vaidade pela espera inerme
com seus vergalhões sedentos
da ânsia jovem, sedentos
de uma euforia preliminar,
por vezes ignorada, agora
é nódoa seca na derme dos sonhos
que foram deixados de lado.
Ali, onde a vista alcança mais longe,
é onde mora meu costume,
minha teimosia de me encontrar
quase sempre esquecido.

5 comentários:

Quintal de Om disse...

Não importa quão escura e fria uma caverna seja. Se houver uma fresta, a luz ainda conseguirá passar!

E os sonhos, aqueles mais esquecidos, guardados no baú dos dias...ainda serão os mais palpáveis e os mais vivos.... Por mais que a derme seca descame diariamente.

Abraços, flores e estrelas...

O mar me encanta completamente... disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
O mar me encanta completamente... disse...

Marcio teus poemas
são magistrais.
Este relata a ambuguidade
dos sentimentos.
Um convite a reler,muito lindo.

Beijinho

Quintal de Om disse...

E nesse "abraço quase frouxo
pelo cisma de machucar,
quase apertado pela certeza
de aquecer", eu sinto a falta de você.

Sim! I Miss You...

Gil. disse...

"teimosia de me encontrar
quase sempre esquecido."
brilhante!

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