Eu aprendi o tempo estreito
do meu dia, quando me sorvi de abandono.
Achei defeito nessa nomenclatura imprecisa
de falar de amor, pois eu me ardo
e não sei dizer o que eu sinto.
Essas faces distantes distam rumos
e eu prumo – bêbado cambaleante –
consumo teimosia.
Eu aprendi o tempo estranho
do meu dia, quando me abstive de engano.
Agora rasgo meus fracassos
e espalho-os ao vento
para me fazer lento nessa colcha preterida
que me fere.
Eu prefiro a esfera elusiva
que me transfere para uma órbita
que alude à minha inquietude de me ser.
GRANDES FAVELAS - meu novo romance
Há uma semana
4 comentários:
O que é que faz a beleza
nas palavras de um poeta?
É essa capacidade de as tornar
" virtuosas e belas", é como se
de repente as palavras ganhassem
vida e vivessem as mesmas emoções,
as mesmas ilusões de quem as escreve.
Minha admiração, sempre, querido.
É, também mergulho nessa aparente inércia, onde tudo parece fora de prumo e mesmo tudo às avessas, tá tudo bem.
Estranho. Mas já me acostumei.
Fica bem :-)
bela estranheza de ser.
beijo poeta
Teus poemas são de uma grande beleza e simplicidade, muito linda!
òtimo final de semana
abraço
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