um cimento cru dói mais a alma
e as costelas que se encaixam
pelos vãos noturnos
sentem mais a frieza nua
do abandono
que a roupa invisível
da rua tomada de solidão
alguma vez toma de espanto
no silêncio da lua
dois olhos cheios da noite
cheios do dia
pelo insone da vida
sem sonhos
2 comentários:
ele disse:
a vida sem sonho
cairá no vão da noite.
mas ele ainda insiste:
acorda, atravessa
a rua da solidão.
depois, bem depois
dele ter se ido
ainda se ouvia
a sua voz:
em dia,
em dia,
viva seu dia.
Um forte abraço.
Muito bonito, mesmo que as ruas tomadas de solidão causem arrepios na alma!
abraço, bom fim de semana
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