um cimento cru dói mais a alma
e as costelas que se encaixam
pelos vãos noturnos
sentem mais a frieza nua
do abandono
que a roupa invisível
da rua tomada de solidão
alguma vez toma de espanto
no silêncio da lua
dois olhos cheios da noite
cheios do dia
pelo insone da vida
sem sonhos
GRANDES FAVELAS - meu novo romance
Há 6 dias
2 comentários:
ele disse:
a vida sem sonho
cairá no vão da noite.
mas ele ainda insiste:
acorda, atravessa
a rua da solidão.
depois, bem depois
dele ter se ido
ainda se ouvia
a sua voz:
em dia,
em dia,
viva seu dia.
Um forte abraço.
Muito bonito, mesmo que as ruas tomadas de solidão causem arrepios na alma!
abraço, bom fim de semana
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