De repente,
é só perder
o que não tem mais uso,
jogar fora os broches
e os botões,
pois a fenda aberta
não desata um nó
– prende
a vida de amarras
– velhas fitas de ontem,
que não guardam
mais nenhum presente.
GRANDES FAVELAS - meu novo romance
Há 6 dias
5 comentários:
Precisamos aprender a construir mais laços. E não apertar os nós.
Ah, as fitas não guardam mesmo. Se desbotam, desfiam... mas ali permanece no tempo, em sua caixa coração.
O presente tempo, o tempo presente... mesmo que tenha sido de ontem. Que venha ser de amanhã.
Abraço apertado meu querido!
Laço quer fita...Eu colava fitas como marcadores de livros e sempre lembrava de quais mãos havia ganho cada uma.
Você falou de coisas boas. Fitas me lembram bons momentos.
Beijos, Poeta.
De fato, quem haveria de amarrar o presente? Talvez o amor presentifique o passado e o futuro num olhar, não prendendo nada.
Abraço.
Márcio...
A vida está cheia de velhas fitas, muitas das quais nunca vamos conseguir nos desfazer...
Parabéns, lindo poema!
guarde as fitas e os papéis coloridos para os "presentes" do futuro...reciclagem!
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