Seus ossos estavam velhos,
manchada de barro estava a pele
de um couro já curtido,
cortiça de sol e vento.
Desce agora a ladeira
com uma vingança de não morrer,
matar a morte com teimosia,
amiúde uma sorte tomada
de espanto e dó – ido como
carro de boi puxado – picando
as juntas das pernas secas.
Carvão e píncaro, selva de sertão,
a olaria molda a alma crua
no selvagem da madrugada sem luar.
GRANDES FAVELAS - meu novo romance
Há 6 dias
3 comentários:
"matar a morte com teimosia" (Márcio Ahimsa) E ir moldando a vida no viver, Poeta.
Abraço, @migo
com uma vingança de não morrer,
matar a morte com teimosia,
quase ninguém gosta, mas não vejo nada mais poético que a morte. Não que eu seja uma maníaca, ou serial killer, é que a morte na poesia e no texto são poéticas, não diria o mesmo da vida real mas...
Violeiros - ver oleiros, moldar o barro e a poesia com as mãos.
beijos, Poeta!
Postar um comentário