É um agreste
a pele ainda nua
cobrindo de lua
o que a noite oferece.
Mas é olhar no espelho
e nenhuma prece
chora o vazio das graças...
Nem tão maculada
é a legenda das coisas,
que meus olhos,
cheios de praça,
descobriram
no silêncio das pernas
que configuram
a beleza despida
de pano:
um dia,
a noite jaz o desespero
que a manhã
sem soluço
debruçou sobre
esse corpo
tombado de
tanto querer...
GRANDES FAVELAS - meu novo romance
Há 6 dias
2 comentários:
"...Vazio das graças...Olhos cheios de praça...silêncio das pernas..." Você está abundante, transborda emoção. Isto é estado de graça, Márcia.
Que te conserves assim, amigo.
Um beijo, saudades de ti, Poeta.
lindo poema, parece delineado.
beijo poeta
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