ficam as digitais,
as palavras de um dia rústico
e um som enredado
num acústico longo,
as frases mal feitas,
os defeitos, os panos sujos...
de toda poesia enovelada
que teimou como vela acesa
nestas páginas em branco,
fica o sangue seco
ensimesmado como uma nódua
grudada num asfalto frio,
ficam fúria e vento,
atrito lavrado
com esquisitices e absurdos...
o surdo ouve apenas a voz
palpitante do coração,
porém, entre tantos caminhos,
tolhidos ou não,
segue por outras beiras
este poeta sem eiras
de respirar,
de dizer, de amar...
GRANDES FAVELAS - meu novo romance
Há 6 dias
4 comentários:
Eu queria ter escrito isso. Há algo de mim nisso
Teus poemas sempre falam destes sentimentos que carregamos mas não sabemos explicar. Muito bonito!
Um abraço e uma excelente semana
E quando não for nada disto, algo a mais haverá de ficar entre parêntesis. Beijos, poeta.
Se eu tivesse me empenhado mais e tivesse aprendido tocar violão te enviaria um áudio dentro de uns minutos pois compus mentalmente uma música enquanto lia seus versos.
Ah... voltei a escrever creio que já tenha te passado meu novo blog depois do furto do Insônia Registrada: http://lilianalcantara.blogspot.com/
Abraços Márcio
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