verdade, absolutamente
mentira, meticulosamente
ninguém sente esses cubos secos
gelo derretendo os olhos úmidos
lágrimas incandescentes
a boca almeja o grito
meu corpo, teu corpo
veste despida, rua incomodando
o cômodo estreito da minha vida parca
ah, saliva e lábio ávidos!
minha sede abre estrias pela calçada,
desenhar o objeto traçado em rimas,
verbos insurgentes...
espero ébrio e vinho,
uma taça de lucidez e destino,
meu calabouço menino
esquecer meu tempo de ninho
quando a pétala era orvalho,
quando era branca e aurora,
me esquecia...
quando era meio dia, me combatia,
agora, vespertina e vazia,
ela me diz que fica
e seu olhar de porcelana
foi aquela semana
que não terminou jamais...
GRANDES FAVELAS - meu novo romance
Há 5 dias
2 comentários:
VOu por aqui, por onde se tece palavras com jeitos bonitos e sensibilidade.
Um abraço
Mas eu gostei mesmo, foi dessa inversão de palavras: "espero ébrio e vinho,
uma taça de lucidez e destino"
Caiu bem em dias assim, que se pede ninho!
Beijo meu!
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