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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

arranha céus

a rua é minha capa
invisível de liberdade.
nela me arranho de concreto
e encontro acolhida
nos braços rudes
cheios de lida
da desesperança,
esse feto inesperado
de verdade e cura
onde me alivio
da loucura presa
da cidade cheia
de arranha céus.

4 comentários:

Ester disse...

Caro amigo,

Só as palavras parecem nos libertar das garras da cidade grande, ai de nós se não fosse a poesia!
Vejo a liberdade com os mesmos olhos que olho a solidão verdadeira.
Com o tempo aprende-se a ser livre mesmo vivendo em cárcere,
e também a estar sozinho mesmo rodeado de uma multidão...

gosto de te ler, porque me ocorre sempre "Por que não escrevi isso antes?"

Meu abraço com admiração!

Quintal de Om disse...

A nossa própria prisão fazemos dentro de nós mesmos, assim como a liberdade... De ser, sentir e estar no mundo.

E, definitivamente, o céu NÃO é o limite.

Gostei.

Meu abraço pra você!

flaviadoria disse...

ah que lindo..
meu sonho era ter uma capa da invisibilidade, haha.

Anônimo disse...

A rua e seus rostos repetidas, suas expressões guardadas em cada beco sem saída.

Ótimo poema, adoro te ler, Márcio.

Beijo.

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