de fato
disfarço o desabafo
e arremesso para outros desfechos
não culpo a falta de trato
que, sozinho safo,
e ainda me fecho,
sou sombra de trem
que descobre num trilho
o meu vai e vem
de viajante sem sonhos
não tenho tamanho
e é difícil sucumbir sem estribilho
e vi no asfalto um pedaço de mim
porque sapato não se encontra em padaria
e só alivia
o desespero de não ter preço
porque o começo
é um tempero desigual
GRANDES FAVELAS - meu novo romance
Há 5 dias
5 comentários:
De um tanto que serve a poesia, sirvo a ela em desabafo.
Beijo.
Marcio, tudo bonito, tudo perfeito, nada desigual.
Belo post
Sucumbe o desabafo entre as palavras,
Desigual como os sentimentos em cada um de nós, como a vida em sua realidade!
Um abraço meu querido amigo!
Ju, lindo o novo design do blog!
Marcio
É com alegria que encontro o seu Tecer Palavras!
Encantei-me com "desigual" e com todos os seus escritos.
Virei sempre:sigo-te.
Abraço
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