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terça-feira, 7 de junho de 2011

O que ficou pra trás

Resguardo a face ainda lúcida,
o homem manchado em nódoas de ontem.

Desisti da pressa - azáfama
que tolheu meu riso,
a tesa tez,
o olhar abandonando uma criança.

Recuso vestir a roupa branca,
a paz é arco íris,
e se amor não comove
não move em mim mais devoção.

Eu tenho tudo que preciso:
um violão com uma corda quebrada,
uma pauta em branco
esperando a próxima palavra...

Eu tenho meus distantes,
as folhas fazendo chover orvalhos
nesses olhos meus, eu tenho...

...quem não me esperou,
quem se despediu antes mesmo de chegar.

2 comentários:

Nayara Borato disse...

Olá, desculpe invadir seu espaço assim sem avisar. Meu nome é Nayara e cheguei até vc através do Blog ponto final. Bom, tanta ousadia minha é para convidar vc pra seguir um blog do meu amigo Fabrício, que eu acho super interessante, a Narroterapia. Sabe como é, né? Quem escreve precisa de outro alguém do outro lado. Além disso, sinceramente gostei do seu comentário e do comentário de outras pessoas. A Narroterapia está se aprimorando, e com os comentários sinceros podemos nos nortear melhor. Divulgar não é tb nenhuma heresia, haja vista que no meio literário isso faz diferença na distribuição de um livro. Muitos autores divulgam seu trabalho até na televisão. Escrever é possível, divulgar é preciso! (rs) Dei uma linda no seu texto, vou continuar passando por aqui...rs


Narroterapia:
Uma terapia pra quem gosta de escrever. Assim é a narroterapia. São narrativas de fatos e sentimentos. Palavras sem nome, tímidas, nunca saíram de dentro, sempre morreram na garganta. Palavras com almas de puta que pelo menos enrubescem como as prostitutas de Doistoéviski, certamente um alívio para o pensamento, o mais arisco dos animais.

Espero que vc aceite meu convite e siga meu blog, será um prazer ver seu rosto ali.
http://narroterapia.blogspot.com/

Jullio Machado disse...

"Olá, desculpe invadir seu espaço sem avisar"...
Sem comentários.

Vou seguir seu blog até quando eu tiver afim, sacou!
Não espero que me sigas... também estou perdido.
Estamos brincando de ser poetas; se a gente se curtir valeu, se não, nada a fazer;
"o que ficou pra trás, ficou...
Abraços poéticos

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