morrem as crianças,
de tanto chorar,
e moram em toda rua.
as pernas tropeçam os montes,
esses vestígios de vigiar
o que não tem a esconder,
e são cimos de ponta cabeça
hierarquizando os tantos
esperando numa fome
a chance de ainda acordar:
a boca arregalada,
os olhos sem freio, ugalhos alheios
num arroio sem meio
de continuar...
varrem as calçadas,
vassouras sem cerdas,
almas vestindo de chão
essas perdas de amanhã.
GRANDES FAVELAS - meu novo romance
Há 5 dias
Um comentário:
e meus pés
vassouram os dias
nessa rua de terra
onde me atrelo todo dia
onde o caminhão e a carreta
é toda a saudade que vou deixando pra trás.
Be:)o
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