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quarta-feira, 1 de junho de 2011

vassouras

morrem as crianças,
de tanto chorar,
e moram em toda rua.

as pernas tropeçam os montes,
esses vestígios de vigiar
o que não tem a esconder,

e são cimos de ponta cabeça
hierarquizando os tantos
esperando numa fome

a chance de ainda acordar:

a boca arregalada,
os olhos sem freio, ugalhos alheios
num arroio sem meio
de continuar...

varrem as calçadas,
vassouras sem cerdas,
almas vestindo de chão
essas perdas de amanhã.

Um comentário:

Quintal de Om disse...

e meus pés
vassouram os dias
nessa rua de terra
onde me atrelo todo dia
onde o caminhão e a carreta
é toda a saudade que vou deixando pra trás.

Be:)o

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