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terça-feira, 19 de julho de 2011

o que não se desintegra

quando criança
guardava meu sorriso
despistava minha íris
no pequeno lago imaginário

que construía na poça
de água acumulada da chuva

desbravei vários mundos
nunca navegados pela cabeça
dos crescidos

e de chapéu de soldado
a barco de papel
eu fiz um céu em desmedida

agora, despeço-me de ontem,
o barquinho desintegrado
e a mesma chuva ainda cai

e desenho com sobras
daqueles inventos
o teto do sonho
onde quero alcançar

3 comentários:

CARLA STOPA disse...

Quantos mundos encantados se viaja numa poça d'água em barco de papel bem pequeno onde só cabem nós e nossos sonhos...

Antônio LaCarne disse...

simplesmente amei seu seu poema. me identifiquei com o que li, o que me causou certas lembranças prazerosas e surpresas escondidas.

grande abraço.

Anônimo disse...

Às vezes nem dá tempo de se despedir, a gente só olha pra trás, e o tempo vem e vai.

Beijo.

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