quando criança
guardava meu sorriso
despistava minha íris
no pequeno lago imaginário
que construía na poça
de água acumulada da chuva
desbravei vários mundos
nunca navegados pela cabeça
dos crescidos
e de chapéu de soldado
a barco de papel
eu fiz um céu em desmedida
agora, despeço-me de ontem,
o barquinho desintegrado
e a mesma chuva ainda cai
e desenho com sobras
daqueles inventos
o teto do sonho
onde quero alcançar
GRANDES FAVELAS - meu novo romance
Há 3 dias
3 comentários:
Quantos mundos encantados se viaja numa poça d'água em barco de papel bem pequeno onde só cabem nós e nossos sonhos...
simplesmente amei seu seu poema. me identifiquei com o que li, o que me causou certas lembranças prazerosas e surpresas escondidas.
grande abraço.
Às vezes nem dá tempo de se despedir, a gente só olha pra trás, e o tempo vem e vai.
Beijo.
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