Seus olhos umedecem meus dias,
olhos profundos como o jacinto que adelgaça as tardes
sovertendo meus medos num espasmo.
Olhos que encompridam as virtudes.
Na algibeira, alinhavada e extrema,
seus espantos guardados,
pingos d`água untando a fome de comer:
sede, cana, corte
resumido lume
concede-me a faina,
e se converta, e me comove
a madeira fortalece
os músculos da sua aurora, que chegou cedo,
com dentes de ferro, com mãos de martelo,
com força de caboclo
e amassar o barro com seus pés de chumbo.
A parede moldada em retrato, adobe sem reboco,
revelando a fotografia extraída
do cinza da minha inocência...
Agora, ele é uma folha
que se desprendeu da árvore, virou borboleta e sumiu no infinito.
GRANDES FAVELAS - meu novo romance
Há 6 dias
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