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quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Do contrato da palavra

Não cabe no rascunho de um poema

A hipocrisia de amar o diferente

Não cabe um sorriso rabiscado

Para mostrar o contentamento pela vida

Quando por trás do lápis

Há uma lágrima querendo se mostrar

Não cabe no verso

A rudeza

Nem a fraqueza

Nem o desamparo

Cabe apenas a deselegância de uma rima pobre

Com a verdade mais cristalina

Que o poeta quer dizer

Que um apreciador sabe desvendar

Na medida certa

Com o tom e o som da palavra

Traduzida em emoção

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá, Márcio, parabéns pelo poema e pelo excelente blog. Voltarei aqui mais vezes, para apreciar sua grande arte. Abraços cordiais de sua eterna admiradora,

Juliana S. Valis

www.cultura-diversao.blogspot.com

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