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terça-feira, 1 de setembro de 2009

De telha e giz

Hoje, desejei fazer um poema
com uma pincelada minha, apenas minha.
Mas a tinta estava fresca,
o guache estava seco,
o giz estava opaco, ainda que
desenhasse solidão.
Hoje, desejei compilar meus riscos,
pois, nesse rascunho ilegível,
escrevi minhas histórias,
adaptei minha timidez
para uma fantasia de quase dizer.
Hoje, por mais que eu tentasse,
nada veio, nem o verso sem meandros,
nem a estrofe em rima branca,
nem a palavra tão vazia.

6 comentários:

Sueli Maia (Mai) disse...

O poeta escreveu que o amor não é um risco na areia ou desenho de giz...Então viver o amor é saber que teremos marcas ou cicatrizes.

Abraços, amigo.
Fica bem, fica.

Paulo Tamburro disse...

Excepcional.

Acrescentar mais o quê?

Espero você nos meus blogs de humor.

Abração

Beatriz disse...

Até a falta de inspiração é inpiração pra quem respira poesia.muito bom.
beijos poeta

Sonia Schmorantz disse...

Sem inspiração? Onde? Esta descrição de solidão é linda!
Um abraço

Quintal de Om disse...

Então faça assim:
RAbisque a solidão em traços e faça deles pontes, caminhos...

Rascunhe também mais alguns passos, mesmo que sejam de pó... de giz de tinta seca.

Deixe o vento colorir seus versos de transparência.

Os sorrisos serão novamente seus melhores companheiros, mesmo "sozinho".

Abraço meu,

Carinho, Sam

Anônimo disse...
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