Aborrece-me a alma quando não falo
minhas incongruências, quando não desperto
um grito mudo nesse surto absurdo
de meus escândalos guardados
em papel toalha e que jogo fora
como tralha que não quero.
Mas, aborrece-me mais ainda
a falta que eu sinto de palavras
que ainda não inventei,
daquelas que são pedras guardadas
no caminho.
Aborrece-me o amor como peça
fundamental desse quebra cabeça
e, célere como um raio, liga e desliga
meu coração que respira
respingos de sonhar...
Aborrece-me não deitar meu dorso
sobre o encanto que deixei
reservado como surpresa
para me fazer rir, assim,
de repente, quando eu falar
de meu instante...
GRANDES FAVELAS - meu novo romance
Há uma semana
2 comentários:
Não te aborreças...os instantes calam, mas permanecem.
beijo beijo
...esse "vazio" que nos deixa "cheio"!
Beijo;
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