Ser escravo desses vazios, a panela cheia,
a alma triste e tudo escapulindo
e o homem parado diante da parede...
O que posso dizer dessa sede esticada
como uma rede conectada por abismos?
O movimento balançando
uma vontade de preguiça para fugir
da morte anunciada...
E pensa consigo mesmo:
onde termina a base de sustentação
nesse alçapão armado por mim?
Por fim, se marcha os olhos para baixo,
as mãos esticadas, continentes,
datilografando uma mensagem
para fugir desses paralelos...
Por cima da mesa uma fatia de bolo
orna, toda pomposa, aquela velha forma
e, abaixo, os encanecidos aplausos
cumprimentando mais um ano
que acaba de ser deixado para trás...
Mas a prece é de que este seja igual,
mais igual que o primeiro
que há muito foi inventado.
GRANDES FAVELAS - meu novo romance
Há uma semana
5 comentários:
Adoro seus poemas!
Bjos e boa semana :)
Estava com saudades de passar por aqui e conferir seus belos poemas.
abraços
Hugo
Nosso-Cotidiano
Poema forte, de presença. traça imagens fundas.
beijos poeta
Vazio...estou cheia deles!
=/
Belo poema!
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