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sábado, 28 de novembro de 2009

Entre terços e medalhas

O dia estava lindo demais para morrer,
mas eu estava com pressa demais para ficar
então fui embora imerso nesse parágrafo torto
absorvendo as ruínas do dia numa bagagem
sem lenço, sem terço, sem medalhas...
Ali, vigora, embaixo do telhado marrom,
um desperdício de tempo
e os lábios espalhando palavras pelo vento
numa quase pressa de não ficar,
numa quase demora de permanecer.
O mesmo vestido florido desnudando
de vez em quando a imaginação matreira.
“Para quê tanta perna meu deus?”
Como face de quem está triste e não chora
como vontade de quem está fora e não entra
é tão certo que preciso do alheio,
que das coisas todas, desses escombros
descarregados em mim,
resta apenas um fim...

3 comentários:

Saulo Nunes disse...

grande seu espaço rapaz! valeu pela visita assim axei esse seu espaço muito bom aqui!

falow!

Sueli Maia (Mai) disse...

Dia de morrer ou de morrer o dia. E entre terços e medalhas o teu poema.

abraços, amigo querido.
E que Vivamos este dia!

Dauri Batisti disse...

O vestido florido........ o olhar descobrindo mundos onde nos desnorteamos. Belo poema.

Abraço

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