Estava repleta,
um rosto escaldante
afogou a tarde quente,
olhos de elefante
guardando a memória
dessa gente
enquanto caia
aos seus pés desnudos
a invocação da liberdade
mais flagelada.
Ela estava distante
como um relâmpago
e os bêbados
guardavam
da sua compostura
uma ética descortinada,
sem vício, sem o indício
da virtude em ruptura...
Apenas amainava
suas horas
pescando qualquer abandono
em que a única companhia
era aquela calçada
vazia onde morava
a solidão...
GRANDES FAVELAS - meu novo romance
Há uma semana
5 comentários:
Que textos dinamicos, vc le de forma rapida e intensa, de forma inquieta. Adorei.
Abraços.
Foi imagético, e muito
concordo com a Katrina, a imagem foi se formando na minha cabeça, vi a cena, vi a solidão, senti também.
bonito esse poema,desenhado...
gostei muito
beijos
Você me fez buscar em minha memória - os olhos dos elefantes. Excelente pensar neles sempre foi sinônimo de sua imensa para ou tromba. Você escavou os olhos e os pos em primeiro plano. Olhos escaldantes e tarde dos elefantes.
Beijos, Márcio.
Boa semana, amigo.
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