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sexta-feira, 21 de maio de 2010

varal

minha dura certeza
é saber que nasço
do abstrato sem pedigree
da minha triste realidade sem fim
entre uma parede
sem horizonte
e um quintal sem cercado
onde balança brando e solitário
um varal sem o vestido rodado
que agora veste
minha lembrança branca
de seu corpo dançando livre
pelo meu palco de memórias
que não tive...

3 comentários:

Dauri Batisti disse...

Passo por aqui, leio o varal, recolho palavras roupas, sigo...
abraço

Pâmela Grassi disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Pâmela Grassi disse...

é na dança, no movimento deste tecido, que evaporam saudades

Guri, tua tecidura é colorida e com fios exuberantes,P

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