Neste verso oco,
aqui mesmo, onde arranho
minha mania de lavoro,
arranco as minúcias,
atravesso, meu bem,
mas não fujo,
não fujo, apenas
interropo um dia após o outro.
E na noite sem sorte,
e no caos imperfeito de mim,
estrangulo o verbo
e o faço tossir.
Depois, só depois percebo
que assassinei várias palavras
e as joguei nessa vala
interminável de verso...
É onde rezo um terço
ao fim obscuro do mundo,
onde captei mais que palavras,
captei o instante da vida
fragmentada de crueza e pó.
3 comentários:
Lindo, lindoo os teus poemas! *--*
Adoro sua simplicidade nos verbos! *-*
Estou seguindo! :)
A forma que vc capta o mundo transborda dessa sua alma de poeta sensível. Lindo, lindo tudo aqui!
Mania de lavoro...adorei isto.
E a crueza... e a crueza?!
beijos
Postar um comentário