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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Pela calçada

Ontem foi quando aprendi
o fim que tinha a rua,
foi quando aprendi a cura
para a minha sede.
Olhei pela janela
imensa dos seus olhos,
eu estava justamente ali
entre a fresta iluminada
do seu sorrir.
Não haviam testemunhas,
apenas a alameda
vazia e cúmplice.
Não havia pressa
e sim uma vontade
descompassada de continuar
ao alcance daquele abraço
sob a espreita da noite
enfeitada de arranha céus.

3 comentários:

nydia bonetti disse...

Márcio, dias atrás, li não me lembro onde, que é preciso sair às ruas. Que "o milagre" está nas ruas, nunca trancado dentro dos nossos mundos pequenos - o que me fez preceber que ando muito caseira, ultimamente. :) beijo!

Patrícia Gonçalves disse...

Márcio, que lindo!

Maravilhoso 2011 pra você, muitas realizações, amores, um oceano de felicidades!!!

beijão!

Lua Nova disse...

Mácio, esses teus "arroubos" poétios, resultam coisas emocionantes e originais vindas dessa tua alma inquieta e talentosa
"Não havia pressa
e sim uma vontade
descompassada de continuar
ao alcance daquele abraço
sob a espreita da noite
enfeitada de arranha céus."
É maravilhosamente delicado e lindo isso.
Parabéns.
Vim para ler seus versos instigantes e pra te desejar um 2011 feito sob medida pra vc realizar seus sonhos e que isso te faça muito feliz.
Beijokas.

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