A gente percebe
quando bebe demais,
é quando o corpo fica entregue ao equilíbrio
das emoções,
é quando as pernas começam
a pular amarelinha numa rua quadriculada
de paralelepípedo
e um gole,
quase seco,
de conhaque
resolve umedecer um homem,
Quase seco,
com alguns bilhetes rasgados
que ficaram guardados
num rascunho de lembrança.
Um comentário:
a pior secura é a de sentir,
a melhor embriaguês de não se lembrar.
[mas hoje o dia é claro e a poesia soa bem]
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