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segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Frêmitos

Teu cheiro vem e percorre meu corpo frio
E varre minha pele assustando meus pelos
Em calafrios, um suave ardor.
Tua boca leve-fêmea-felina,
Tua carne mulher me banha
E me assanha o corpo,
Lava-me em saliva e suor,
Orvalho doce escorrendo pelo
Meu peito aberto e desamparado.
Meu corpo quer vencer o teu
Que me estrangula pele, carne e coração,
Devora-me vorazmente,
E nos quedamos em batalha.
Nosso suor é sede e saliva,
É boca em descompostura,
É fúria feroz que se entrega num embate
De mãos e abraços dados num frêmito leal.
E os corpos se entregam, e, por fim,
Constatamos: vencemos-nos.
Encontro, então, teu olhar
Sorrindo-me em silêncio
E se dizendo satisfação.
E os beijos que nos engoliram
ficaram no instante,
parados e únicos,
para cutucarem a memória
e o desejo de quero mais.

4 comentários:

Cris Rubi disse...

"Para aqueles que aqui passaram, um abraço franco e terno"
Vim pegar esse abraço, amei tudo por aqui.
bjinhus carinhosos

Dauri Batisti disse...

Poemas de amor sempre são bonitos. Há neles nossa ilusão de alongar o tempo, parar as horas, desfrutar a vida. Há uma esperança de que a felicidade venha destes momentos. Se não vem total, parte com certeza.

Um abraço.

Sueli Maia (Mai) disse...

Eita...
Que coisa 'linda!
Que coisa 'fome'
Que coisa 'tanta'
que coisa 'fogo'
Que coisa 'homem'
Que coisa 'boa'

mil Beijos!

Quintal de Om disse...

Ai moço, isso aí desconcerta a gente... mas faztão bem! rsrs

Dilíííícia quanto tudo se mostra assim, espontaneamente enlouquecido.... coisas que estavam aparentemente em compostura!

Me deixou mesmo com gosto de quero mais!

Abraços, flores e estrelas...

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