Trouxe dos trôpegos
uma bagagem de viagem.
Trouxe cansado, ato inefável
que o dia calcou com o que foi derramado...
Foram todas as portas abertas,
as velas acesas, o corpo morno
trazendo lembrança guardada num abraço
que o tempo vil deixou distante.
Foi um vento brando, um casulo fechado,
homenagens configuradas
num aperto de mão...
Estava um dia de sol,
estava fugidio o desdém pelo estranho,
tão medonho é esse álbum
de figurinhas tão cinzas, tão transparentes,
e um tapete dormente
deitando a fé mais recíproca
das convenções humanas...
Ali deitado é um cimento frio,
é uma parede molhada, musgo e lixo,
é uma mala envelhecida de tanto carregar...
Ali sentado é um chão de apoio,
é o joio esmerando um pouco de paz...
GRANDES FAVELAS - meu novo romance
Há uma semana
6 comentários:
Ali deitado, é tambem estar a um passo de se sonhar.
Beijo meu
"Ali deitado é um cimento frio,
é uma parede molhada, musgo e lixo,
é uma mala envelhecida de tanto carregar..."
lindos versos, eles carregam sentimentos inteiros.
beijos poeta
Inteireza e estranhamente esmerando em versos trôpegos. Você é diferente quando inventa de tecer palavras trôpegas em poesia.
Beijos, amigo.
Fica bem.
um chão que some, mas apoia
Não houve fim, talve nem haverá...
E deitado, tenha ficado apenas um suspiro de cansaço e um abraço que não se quis perder.
Tavez...
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