quedo agora, no tempo,
sem esse lamento
nem inoperância
quedo sem a autoria
dos meus versos
quase secos
e bebo a fome
e engulo esse aço
camboio de setembro
onde findam as horas
eu danço, meu bem
meus pés são esse
templo sagrado
que é por onde me perco
quase sempre rua afora
que é por onde teço
minhas preces
meu corpo é de pedra
e cartilagem
é onde mora a brutal
inconsistência de mim
um apartamento sem portas
entra quem quer entrar
sai quem quiser sair
fica quem me tolera
além das minhas máscaras
GRANDES FAVELAS - meu novo romance
Há 4 dias
4 comentários:
Ah, eu entro.
Piso leve no seu chão, abro um pouco as cortinas pra entrar mais luz (se me permite rs)
Me aconchego num cantinho com as pernas cruzadas.
Quero saber das tuas histórias.
Gosto e quero ficar. Posso?
Abraços, flores e estrelas...
A dança, assim como a poesia - ela mesma - consegue amolecer os corpos de pedra, Márcio.
"Eu danço, meu bem".
beijos, amigo do coração.
Onde mora a inconsciência de cada um, dentro de nossas portas, da mente,e quem quiser chegar que fique a vontade, e quem quiser sair também se sinta! ótimas palavras Márcio
Um abraço
É só falar de máscaras que entro no jogo, teatro é o meu (su)porte ;)
Beijo!
Ps.: Já está na minha galeria, obrigada pelos poemas.
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