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terça-feira, 26 de outubro de 2010

arrebol

...não foi a andorinha
distante que perdeu forças
e caíu pela miopia
dos meus olhos,

nem o crepitar desse laranja,
nem o infinito desse azul...

a causa do meu espanto
foi ver, entre postes e fios,

horizonte e crepúsculo
equilibrados
no abandono da cidade

sem nenhum arranha céu
para manchar de cinza
essa poesia.

3 comentários:

Quintal de Om disse...

passou rasante a linha do pensamaento.

Embaralhou a vista turva nas alturas.

Despencou.

talvez o vento tenha pesado demais e procurado abrigo em passos leves mais abaixo...

Mais ali, mais aqui, no embalar dos versos que pintam a aquarela dos dias mais cruéis com cores berrantes, vibrantes e tons pastéis.

Abraços, flores e estrelas...

Anônimo disse...

Poema límpido, nenhuma mancha, posso até ver seu horizonte distante. Lindo!

Sueli Maia (Mai) disse...

Límpido. Adoro esta palavra e a imagem que ela evoca.

beijos

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