que faz o ébrio
nessa vida dura, 
em meio 
às criaturas,
preceito 
de alguma candura,
senão amar?
o que procura
é um verbo mar 
num verde instante
de desatino.
o que te insulta
é fugir sozinho
sem nenhum muro 
em seu caminho.
e aqui, decalque,
em desmesura ida,
sorrir descalço
como um menino.
que faz então,
em cárcere de cidade 
sem horizonte -
as perdas - 
qualquer amante
sem novidade,
ser essa vontade
de algum amar?
qualquer rosa
é um semblante
e os vincos nessa face,
e as crostas
nessas mãos
são as miçangas
de um desamar...

3 comentários:
Miçagas, se fazem joias.
Seria bom encontrar o verbo mar, assim, em cada beco, junto à poesia.
Beijo!
Ahhh, mas com miçangas, faço mesmo é um colar.
Poema bonito, tem compasso, embalo e tem perfume bom, pq as palavras, ahhh, elas têm aroma e sabor.
Têm canto.
E eu, adoro vir aqui, nesse encanto de lugar.
Beijo.
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