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domingo, 9 de novembro de 2008

Foi assim:

Descobri que preciso me aperfeiçoar

Quando uma lasquinha de madeira espeta minha mão...

Não é para sentir dor ou deixar de sentir,

É para colher do imprevisto alguma ação que me leve a sentir que estou aqui

Participando dessa poesia irrestrita do dia-a-dia.

Descobri que me afeiçôo sem perfeição do meu tato para coisas belas,

Mas sim pela singela ocasião de me tropeçar sempre n`algum acaso

De alguma pedra rude em meu caminho ou cair n`alguma poça de água rasa

E chutar o desamparo da sorte para bem perto do meu deboche.

Foi assim que resolvi transformar meus tormentos em palavras.

E se alguém encontrar alguma poesia nisso tudo, não foi eu quem a fiz,

E sim o que já está feito por aí é que resolveu se mostrar

Ao primeiro anfitrião que deixar sua janela aberta.

4 comentários:

Sueli Maia (Mai) disse...

Olá, Márcio! Nem precisava de mais nada. Lindas as palavras. Em tudo que lí, tu estavas. Os imprevistos, permeados de dor ou risos, ajudam-nos a construir o nosso ESTAR no mundo.
Eu voltarei.
Carinho.

Dauri Batisti disse...

Não sei explicar bem, mas todas as vezes que aporto assim num blog de fundo branco - como o meu - sei que gostarei do que vou ler já antes de ter lido. A escolha do visual da página define parentescos, afinidades, penso.

Dauri Batisti disse...

É... eu não estava errado. Gostei. Saboreei palavras suas como se fossem minhas.

Um abraço.

Lib - M Liberdade O. dos Santos disse...

Cadê vc?
Aparece mais p gente conversar...

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