Descobri que preciso me aperfeiçoar
Quando uma lasquinha de madeira espeta minha mão...
Não é para sentir dor ou deixar de sentir,
É para colher do imprevisto alguma ação que me leve a sentir que estou aqui
Participando dessa poesia irrestrita do dia-a-dia.
Descobri que me afeiçôo sem perfeição do meu tato para coisas belas,
Mas sim pela singela ocasião de me tropeçar sempre n`algum acaso
De alguma pedra rude em meu caminho ou cair n`alguma poça de água rasa
E chutar o desamparo da sorte para bem perto do meu deboche.
Foi assim que resolvi transformar meus tormentos em palavras.
E se alguém encontrar alguma poesia nisso tudo, não foi eu quem a fiz,
E sim o que já está feito por aí é que resolveu se mostrar
Ao primeiro anfitrião que deixar sua janela aberta.
4 comentários:
Olá, Márcio! Nem precisava de mais nada. Lindas as palavras. Em tudo que lí, tu estavas. Os imprevistos, permeados de dor ou risos, ajudam-nos a construir o nosso ESTAR no mundo.
Eu voltarei.
Carinho.
Não sei explicar bem, mas todas as vezes que aporto assim num blog de fundo branco - como o meu - sei que gostarei do que vou ler já antes de ter lido. A escolha do visual da página define parentescos, afinidades, penso.
É... eu não estava errado. Gostei. Saboreei palavras suas como se fossem minhas.
Um abraço.
Cadê vc?
Aparece mais p gente conversar...
Postar um comentário