hoje é um costume
e safo - são chuvas -
gotas prateadas,
e relâmpagos riscando o céu.
não vi nenhum orvalho,
apenas estrondo
e toda pétala de medo
tombando com seus
segredos - asas ao léu -
que, ao arrebate,
é tombo, um corpo ferido,
um nú sem abrigo
pelo estandarte da noite.
sob a espreita do delírio
todo lírio, amarelo
em seu absurdo,
branco como consolo
de paz e martírio
na feiura surda
dos campos sórdidos
de batalha...
GRANDES FAVELAS - meu novo romance
Há 4 dias
2 comentários:
Talvez as musas se disfarcem de chuva e na escuridão e desamparo, homens enrolados em cobertores sejam estandartes urbanos do descaso e desigualdade social.
Há tempos não lia um poema tão respingado de tua alma. Triste e belo, como um lírio amarelo.
um grande abraço, meu amigo poeta.
Sim aquele poema é reedição, e guardo totos os comentários.
Campos de batalhas despetalados, só a poesia como arma em riste.
Lindíssimo poema! =)
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