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sábado, 9 de outubro de 2010

estandarte

hoje é um costume
e safo - são chuvas -
gotas prateadas,
e relâmpagos riscando o céu.

não vi nenhum orvalho,
apenas estrondo
e toda pétala de medo
tombando com seus
segredos - asas ao léu -

que, ao arrebate,
é tombo, um corpo ferido,
um nú sem abrigo
pelo estandarte da noite.

sob a espreita do delírio
todo lírio, amarelo
em seu absurdo,
branco como consolo
de paz e martírio
na feiura surda
dos campos sórdidos
de batalha...

2 comentários:

Sueli Maia (Mai) disse...

Talvez as musas se disfarcem de chuva e na escuridão e desamparo, homens enrolados em cobertores sejam estandartes urbanos do descaso e desigualdade social.

Há tempos não lia um poema tão respingado de tua alma. Triste e belo, como um lírio amarelo.

um grande abraço, meu amigo poeta.

Sim aquele poema é reedição, e guardo totos os comentários.

Anônimo disse...

Campos de batalhas despetalados, só a poesia como arma em riste.

Lindíssimo poema! =)

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