das coisas que aprendi
foi que o acaso me fez caso,
desse vaso descoberto,
uma chama acesa
nessa livre abertura
minha que me estremece.
agora é formidável
desembainhar o aço,
torpe disfarce de condolências,
que a noite é cágado cercado,
que o dia é látego escorraçado
de lembranças ruídas,
que a verossimilhança
é uma dança incólume de devaneios,
e esse recreio de verbos
corre as tardes num ocre esmaecido.
tudo turva o tubo do tempo
e um incenso de âmbar
trás à tona
essa lona miserável de viver.
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
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4 comentários:
Devo ter sido também um desses acasos que tem sei lá por que a mania de trazercoisas à tona.
Ah! amigo, hoje eu tô tão cansada...
Bj.
"tudo turva o tubo do tempo
e um incenso de âmbar
trás à tona
essa lona miserável de viver."
genial, poeta. tudo é beleza nos teus versos.
beijo e abraço
Das coisas desaprendi tantas. Algumas me falaram livros,
outras me comeram nomes e me
deixaram em frases incompletas.
Das coisas, outras vezes,
me enriqueci, foram boas.
Boas coisas. Mas também
me empobreceram, quando
pesaram como ouro
e me impediram voos.
Afinal sou coisa,
mas não aceito ser mais coisificado.
Os sonhos e a poesia trazem-me
a tona. Meus desejos
transcendem-me,
de uma coisa para outra
luz.
Abraço.
amo tua escrita anjo...
bjs...
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