as pessoas constroem suas loucuras,
encontram suas cortinas
em meio a fumaça da rua,
se vão apressadas pelo labirinto
selvagem, sem enredo,
ladeando o medo pelo indefinível...
porque seus olhos são verdes
e a tarde é cinza?
aqui a calma é um vício
que eu tento matar com ansiedade,
porque saudade é uma forma
de solidão que procura na obsessão
se enxarcar de desatino.
lá fora pode ser que eu esteja mais completo,
nem fraude das horas, nem costume...
o que fica é essa síndrome de acaso,
peleja, inconsistência
do inabalável:
de bar eu bar eu procuro
pelo etílico da noite aquela boca
que me suga de insônia pelo desperdício
dos verbos...
eu não espero resposta, nem agrado,
e ainda peco pela virtude
da palavra escrita com o suor
do meu cansaço.
GRANDES FAVELAS - meu novo romance
Há uma semana
4 comentários:
Tardes gris. A espera, a fumaça e as desilusões que restam poemas.
duplo abraço
Adoro estas tuas fases de poesia em profusão.
Sempre me lembram tua pulsão poética de há dois anos atrás.
adorooo!!!!!!!!!!!!
ler suas poesias é como entrar em um mundo de sonhos, onde tudo é belo e profundo.
Obrigada... por colocar a poesia na minha vida.
beijinhos
Muito bom!
Bravo. Muito bem escrita. parabéns.
Saudações Educacionais !
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