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domingo, 3 de outubro de 2010

ninguém aguenta

pego o meu jornal
e sento lá fora,
ver o dia clarear
com suas histórias
de marias...
- e é de sol! é de sol!
porque a noite
foi uma insônia fria
e ninguém ria,
nem chorava...
era madrugada lenta
aquele vazio
que ninguem aguenta.
meu bem, eu desenhei
nesse arrebol
com seus fios tesos
de lençol,
a minha prisão obsoleta
e nessa letra
te peço atenção
para sentir
que não sou feito
de arremedo
e sou segredo
de falar ao coração...

4 comentários:

Anônimo disse...

Que bonito poema!

Beijo, bom domingo!

Vanessa Souza disse...

Sem arremedos. Qual é o avesso do arremedo? :)

Juliana Matos. disse...

Ah os segredos do coração, este de lençóis finos, desenhado por sentimentos, atenção, mais o vazio não pode controlar, há que se haver o sol fora da prisão da alma!
Um beijo
Juliana

Quintal de Om disse...

Bom é preencher o vazio com sorrisos, mesmo que apenas se iniciem nos lábios.

Experimentar até transbordar, depois.

Beijo meu, poeta.

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