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terça-feira, 12 de outubro de 2010

por um triz

ninguém lembrou de mim
quando eu era um disfarce,
mas foi exalar o meu fim
nessa epifânica face,
a última pétala de jasmim...

que o meu encanto de aprendiz
despencou do seu palco de vento
e agora - salvo por um triz -
eu vi o cálice do meu momento
virar uma gota de verniz

e é onde me encontro preso
nesse equilíbrio de fio teso
balançando entre o horizonte
de um riso e o meu lábio
semicerrado dizendo adeus...

3 comentários:

Zélia Guardiano disse...

Belíssimo!
Bravo!
Grande abraço, Marcio.

Quintal de Om disse...

Quisera eu ser t~~ao bom equilibrista assim, entre um riso e um lábio.

E o meu beijo tropeça e cai da corda, direto na sua bochecha.

E o riso eu equlibro na ponta dos dedos... vc conhece como! rs

Gostei, viu!

Beijo meu

Sueli Maia (Mai) disse...

E quem poderia esquecer, se você e sua poesia são puro encanto?

beijos, amigo poeta

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